Para-formal na Fronteira
Brasil - Uruguay
"Para-formal" é uma palavra criada pelo grupo argentino GPA (2010), é um conceito de fronteira que, ao contrário da oposição entre o formal e o informal – a partir de áreas do conhecimento como o urbanismo e a economia, que categorizam seus estudos e objetos em cidade/economia formal e informal – busca experimentar a fresta ou o interstício entre categorias, que aqui denominamos como "cenas urbanas para-formais". Um modelo de investigação "para-formal" que se apropria de categorias alternativas para explorar o “campo do meio”, a zona cinza, onde se desenvolve a verdadeira máquina da cidade.
Este aspecto informal, longe de ser ocasional, constitui uma regra importante no desenvolvimento de muitas cidades na contemporaneidade - esses são espaços "para-formais"(camelos, ambulantes, artistas de rua, moradores de rua, etc.). Portanto os lugares considerados "para-formais", nesse projeto, são aqueles que se encontram no cruzamento do formal (formado) e do informal (em formação), constituídos por três pontos essenciais: a cidade em formação, o princípio de acordos, regras e projetos; a cidade em desagregação, os processos de acordos urbanos conflitivos, friccionantes ou catastróficos e; as situações urbanas onde existam fortes "indiferenças" estratégicas entre os atores.
O para-formal, no contexto da nossa pesquisa, é compreendido como a diferença, a fresta e o entre-lugares na fronteira; ou todas as CENAS URBANAS (comerciais, culturais, de moradia, etc.) que se encontram no espaço público da cidade, que não são parte de seu desenho urbano (original), porém que agora – hoje em dia – são parte de suas vidas diárias.
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DESCOBRINDO A CIDADE PARA FORMAL